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... A felicidade

Testemunho

Eu comecei a me drogar na adolescência e, durante 10 anos, encontrei-me fechado nessa espiral: tinha a impressão de ter encontrado a felicidade. Na realidade, era um prazer muito fugitivo que era necessário renovar sem cessar.

A minha vida tinha-se tornado uma série interminável de curas de desintoxicação (fiz quatro sem poder realmente parar). De seis em seis meses, mudava de trabalho, de cidade e de mulher. Até o dia em que me instalei no Haute-Savoie: tinha acabado de montar uma pequena sociedade de produção de cogumelos que funcionava bem e que permitia fazer o tráfico de droga: graças à cobertura dos cogumelos, era fácil passar para a Bélgica ou para a Suíça. Vivia com uma jovem que trabalhava comigo e o maior "passador" da região tornou-se o meu maior amigo.Ora, um dia ele acabou com tudo: cortou os cabelos, deixou de ir ao bar, de andar com mulheres, de se drogar e de passar droga. "Foi Jesus que me transformou, dizia ele". Claro que todos gozavam com ele e pensávamos que ele fazia isso apenas para se "purificar". Deixamos de o visitar, mas ele vinha ter conosco, e falar desse Jesus que o tinha transformado. E efetivamente, ele que tinha sido sempre tão instável e incapaz de qualquer responsabilidade, agora em tudo era bem sucedido: tinha encontrado um apartamento, trabalho e sorria sem cessar.

A sua felicidade acabou por me tornar invejoso. Como ele me convidava continuamente para o seu grupo de oração, deixei-me levar.Reparei que as pessoas que participavam tinham algo de estranho: eles não estavam como as pessoas na rua que, em geral, caminham de cabeça baixa, não procurando qualquer contato. Estas olhavam as outras nos olhos, sorriam, falavam de Deus muito simplesmente. Isto não me impediu de me sentir pouco à vontade: perguntava-me que fazia eu lá...

Se tu realmente existes...

Algum tempo mais tarde voltei, porque havia alguma coisa que me atraía. Durante a oração dirigi-me a Deus: "Deus, se tu realmente existes, se podes mesmo fazer qualquer coisa por mim, mostra-me agora que existes." Nesse momento senti uma intensa felicidade e calor no meu ser: sentia-me bem, muito repousado, muito calmo. E tinha a certeza que Deus existia. Todas as orações da minha infância me vieram à memória e quando voltei para casa tinha a impressão de que Jesus estava a meu lado.

Logo que contei isto em casa, todos disseram que eu estava ficando doido. Mas, como nos explicar? Eu estava numa situação muito difícil: a minha amiga era divorciada, a sociedade que tinha montado não era limpa... será que era necessário acabar com tudo isto?
Vivi seis terríveis meses. Não conseguia deixar de me drogar, estava até aumentando as doses para fazer calar os combates interiores que me obcecavam.

Um presente de Deus

Ora, algum tempo mais tarde, recebi um telefonema da minha irmã que me contou, sem suspeitar um segundo do que me tinha acontecido, que tinha reencontrado a fé e que estava plenamente feliz. Contei-lhe imediatamente a minha situação. Ela prometeu rezar e pedir que rezassem por mim.

Isto me fez refletir. E efetivamente, algum tempo mais tarde, separei-me da minha amiga, deixei-lhe a empresa dos cogumelos e voltei para a casa dos meus pais. No automóvel, joguei fora tudo o que me restava de droga e a partir daí todo o desejo de me drogar deixou-me totalmente e definitivamente.

A mudança que se operou em mim é inexplicável aos olhos do mundo. Quem poderia acreditar que, cinco anos mais tarde, é realmente o mesmo homem que tem agora um trabalho honesto que lhe agrada, que está casado, feliz e estabilizado? A minha felicidade é um presente de Deus!

Dominique


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